quinta-feira, 22 de julho de 2010

AMOR é uma palavra de quatro letras

Em inglês, isso é uma piadinha com o fato de vários palavrões serem palavras de quatro letras. Essa frase é, inclusive, o nome de um filme, se muito não me engano. Não vi, só conheço o nome.
Onde eu quero chegar é aqui: o que a gente chama de amor é, na verdade, um conjunto enorme de coisas que nos ligam a uma outra pessoa. Tem casais que tem o mesmo modo de viver, tem uns que são parecidos, outros que são opostos, uns que se admiram, outros que gostam mesmo é de discutir, enfim, tem de tudo. Mas será que só uma parte disso é o amor? Às vezes a gente é parecida, tem o mesmo gosto, se admira, e não consegue ficar junta. Falta um elemento que é indispensável para um ou para os dois, e a relação se desfaz. Tinha amor e faltava compreensão? Tinha amor e faltava admiração? Ou não tinha amor?
Vejo muitas amigas se prenderem a pessoas das quais elas tem queixas, das quais elas tem mágoas, nas quais elas não confiam, "mas eu amo ele", dizem! Ama, nada! Gosta de um ou mais aspectos, sejam eles físicos, químicos, emocionais ou comportamentais, mas dizer que esse gostar particionado é amor eu acho meio exagerado.
Uma vez (adolescente, perdoem o linguajar) eu comentei com um amigo que o amor mais lindo não criava a relação mais perfeita. Na época, eu chamava de amor só o sentimento mesmo, aquele frio na barriga, aquela falta de ar, aquele brilho no olhar. Acho que é isso que até hoje muita gente chama de amor - uma coisa tipo a paixão, mas mais completa.
O que eu chamo de amor hoje é a mistura de tudo. É o tal conjunto de coisas que faz a nossa relação ser harmoniosa e completa. Cada um no seu paradigma, com seu grau de tolerância e seus valores, precisa medir se o outro o faz feliz / completo / whatever. Se seu parceiro - ou ex - não deixar você assim, então não o ame. E só.

Nenhum comentário:

Postar um comentário