domingo, 21 de novembro de 2010

Espaço vital e educação

Tem gente que não tem noção do conceito de espaço vital. Os caixas de farmácia são um exemplo: você ainda está guardando seu troco, ou cartão, e eles já estão chamando o próximo, que vai ter que dividir o espaço mínimo do balcão com você, que ainda nem pegou sua sacola ainda (ou pegou correndo, de qualquer jeito, porque já sabe que vem o próximo aí). Aí, ou você se afasta do caixa, indo para a porta da farmácia com a bolsa ou a carteira aberta (arriscado), ou fica mesmo no caminho da outra pessoa, se espremendo para deixar ela invadir o seu espaço vital.
Uma vez eu vi uma cena bizarra. Eu era a terceira da fila de uma farmácia no centro, quando a caixa 3 chamou o próximo. A primeira pessoa da fila era uma mulher que, quando viu que o recém-atendido ainda estava guardando o dinheiro na carteira, não se mexeu. O homem que estava atrás dela simplesmente a contornou e foi para o caixa. Ela protestou imediatamente: está furando a fila? E ele respondeu: você não foi! A caixa tentou dar razão ao homem: eu mandei a senhora vir, e a senhora não veio. Ao que a mulher respondeu: você não manda em mim! Aí, infelizmente, ela perdeu o rumo da discussão... Mas estava, na minha opinião, coberta de razão. A caixa não tinha noção de espaço vital e o homem era arrogante e mal educado. Arrogante porque assumiu que a mulher era otária (que eu lembre, ela era loira, o que causa grande preconceito nos homens arrogantes) e mal educado porque não perguntou para ela porque ela não estava atendendo o chamado da moça do caixa.
Sempre que alguém cede a vez na fila, ela fala, não é isso mesmo? "Pode passar, estou esperando tal-e-tal-coisa-ou-pessoa." Se a pessoa não falou nada, ela pode não ter ouvido que era sua vez, então, não nos custa alertar, em vez de sair assumindo que podemos passar a frente. Essa semana, tive um exemplo de pessoa educada. Fui ao McDonald's e tinha uma daquelas mocinhas com prancheta que te perguntam, na fila, o que você vai querer, para agilizar o trabalho do caixa. A mocinha que estava na fila que eu peguei não estava ao lado da fila, estava na fila em si, de costas para o último cliente. Enquanto minha amiga, que estava na minha frente, pensava no que ia querer (note, a tal mocinha da prancheta não deixou nem a gente chegar direito, mal entramos e escolhemos a fila, lá veio ela: posso oferecer uma promoção não-sei-das-quantas?), chegou uma senhora que escolheu a nossa fila. A mocinha da prancheta, como estava de costas para a fila, não viu que ela andou, e aí ficou um espaço entre o último da primeira parte da fila e ela, que iniciava a segunda parte. A tal senhora, educadamente, me perguntou se estávamos na fila. É assim que se faz! Se tem um buraco na fila, você estranha e pergunta, não sai achando que é seu aquele espaço.
Eu me repito um pouco com minha mania de protestar contra falta de educação, mas é que o Rio está demais! Quem sabe os meus textos fazem cair algumas fichas?

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Egoísmo

Um pouco ainda na linha da minha tristeza com a falta de atenção que reina, queria registrar que quando não prestamos atenção no próximo estamos sendo egoístas.
Ouço muito as pessoas dizendo "eu tenho que fazer as minhas coisas" para justificar não fazer um sacrifício por alguém. Mas um pouco de sacrifício pelo próximo é uma coisa boa. Temos muita vida pela frente, podemos deixar de fazer alguma que queremos de vez em quando. Ninguém se torna otário por fazer algo a mais do que o padrão por alguém que mereça.
Merecer é que é a questão hoje em dia para mim. Percebi que algumas pessoas simplesmente não merecem. São aquelas que, por mais que eu tenha saído do meu caminho para ajudar, nunca mudaram sua programação por mim. Por essas, só faço o que não vai me dar nenhum trabalho adicional, conforme elas fazem por mim. Para minha surpresa, elas não se incomodam, não! Isso é o esperado, cada um faz pelo próximo só o que não incomodar. Modelo de comportamento do Século XXI, pelo visto.
Não gosto, não. Prefiro aquelas pessoas com quem troco favores estapafúrdios. Aprendi a ser um pouco egoísta, mas gosto mesmo é de me enrolar para fazer algo que vai fazer uma pessoa querida sorrir. Tenho um monte de amigos assim, que estão sempre disponíveis para me ajudar, que me oferecem favores antes de eu pedir. Eles devolvem minha fé na humanidade. #8)

domingo, 14 de novembro de 2010

Use filtro solar!

Estou sumida daqui. As ideias eu tenho, mas o tempo anda escasso. Vou tentar melhorar a frequência, para o caso de alguém se interessar pelo que eu tenho a dizer. #8)
Queridos e queridas, por favor, usem filtro solar todos os dias. Eu não vou à praia há muitos anos, muitos mesmo, e uso filtro todo dia, na maior disciplina. Mesmo assim, semana passada descobri que tenho uma mega mancha no rosto! Imaginem minha depressão... Todo mundo a elogiar a minha pele, a dizer como ela é branquinha, macia, hidratada, etc etc. Já ouvi até dizerem que não tenho mancha (não olharam direito, pelo que percebi).
Agora imaginem: se eu que tenho todo esse cuidado estou com uma mancha no rosto, quem não tem vai ficar uma coisa horrível quando chegar na minha idade! Se cuidem.

sábado, 2 de outubro de 2010

Atenção!

Como já disse Gilberto Gil: é preciso estar atento e forte.Já reparou que a maior parte dos erros que cometemos é por falta de atenção? Não estamos olhando para onde devíamos, não estamos ouvindo o que estão nos explicando, não estamos ligados no que estamos fazendo. Tenho percebido que pouquíssimos erros acontecem por não sabermos o que fazer, e sim porque não estamos mesmo atentos ao que estamos fazendo, estamos pensando em mil outras coisas ao mesmo tempo.
Uma vez, minha avó me mostrou como mudava o ritmo com que a empregada encerava o chão de acordo com a música que estava tocando no rádio. Ou seja, a moça estava com a atenção dividida entre o trabalho e a música, e, portanto, trabalhando de forma menos eficiente. Nada contra trabalhar com música, é bem mais agradável para a maioria das pessoas, e, se diminuir a eficiência, mas aumentar o prazer de trabalhar, ótimo. Usei essa história só para ilustrar que, mesmo quando a gente não imagina que não está prestando atenção, a gente, de fato, não está.
Agora note: não tem nada pior para a atenção do que a interrupção. Está você ali focado no que está fazendo, no meio de um raciocínio, quando toca o telefone. Acabou. Mesmo que você não atenda, já perdeu o fio da meada e vai ter que retomar o raciocínio de um passo anterior, no mínimo.
Nos dias de chuva, as informações sobre o trânsito culpam o fenômeno meteorológico pelo aumento no número de acidentes. Não é isso, não! É que, com a chuva, precisa prestar mais atenção. Ninguém está mesmo acostumado a prestar atenção, nem nas condições favoráveis, imagina com a pista molhada e a visibilidade prejudicada... Aí culpam a água que cai do céu inocentemente, naturalmente. Bah!
É preciso prestar mais atenção. Em tudo e em todos. Preste atenção nos seus amigos, nos seus colegas, no seu companheiro, no seu trabalho, e até no seu lazer. Olhe para a tela do cinema durante todo o tempo, não fique brincando com seu celular no meio do filme. Aproveite cada momento dando importância a ele. Preste mais atenção! #8)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Assim como são as pessoas são as criaturas - parte 4 - festa infantil

Hoje eu fui almoçar sozinha num McDonald's que tem uma mesona que permite compartilhamento sem constrangimento. Abre parênteses: na Europa, uma mesa de quatro lugares em uma lanchonete ou praça pública tem quatro lugares mesmo, ou seja, quatro pessoas totalmente estranhas entre si podem dividir a mesa numa boa. Aqui no Brasil, uma mesa de quatro lugares ocupada por uma pessoa está "lotada", todo mundo evita ela. A gente só se senta junto com quem a gente não conhece quando não tem mais nenhuma mesa vazia. Nesse tal McDonald's tem uma mesa grande que é usada com naturalidade por pessoas sozinhas ou em grupos pequenos, bem europeia. Fecha parênteses.
Sempre procuro sentar a essa mesa quando estou sozinha, porque fico mais perto dos outros e consigo ouvir a conversa alheia - meu passatempo preferido quando não levo companhia comigo. Tem dias em que as pessoas estão mudas, não falam nem ao telefone. Booooooring. Mas hoje foi ótimo.
Fiquei bem em frente a um casal de jovens que estava conversando sobre uns amigos, seus relacionamentos, blablabla, nada de muito interessante, até que teve uma hora que não sei como o assunto foi parar em festas infantis. O rapaz disse que não entendia a profissão de Animador de Festa Infantil. Para que serviria essa profissão tão sem sentido? O animador é um cara que não anima nada, que fica inventando as brincadeiras mais bobas do mundo, em vez de deixar as crianças brincarem de coisas mais interessantes. Eu estava a ponto de explicar que o animador não está lá por causa das crianças, está por causa dos adultos! Sua função é manter as crianças distraídas e ocupadas para não destruírem tudo e nem ficarem torrando a paciência dos pais, que querem ter sossego para conversar com seus amigos (os pais do aniversariante, por exemplo), comer salgadinho e tomar cerveja.
Enquanto eu pensava se ia me meter na conversa ou não, o tal do rapaz fez uma revelação: mesmo quando ele era criança, não gostava de festa infantil! Dos animadores eu já tinha visto que ele não gostava, mas a maior queixa dele nem era essa. O que sempre o incomodava era a insistência de sua mãe para que fosse brincar com "os amiguinhos". Ele rejeitava o rótulo de amigo aplicado a crianças que ele não conhecia. Imagina a mãe querer que ele fizesse amizade ali, na hora, com um total estranho, no tempo de uma festa! Enquanto eu pensava se precisava fazer pacto de amizade para sair brincando, ele levantou a seguinte questão: existe uma receita para fazer amizade? Começou a idealizar: 3 colheres de simpatia, 2 xícaras de alegria... Lembrei do Sheldon na hora! http://www.youtube.com/watch?v=Cj4OqNV59VY
Que criança engraçada deve ter sido esse rapaz. E quantas histórias engraçadas e teorias criativas ele deve ter para compartilhar hoje. #8)

domingo, 29 de agosto de 2010

Assim como são as pessoas são as criaturas - parte 3 - táxi

Eu não gosto de andar de táxi. Estar em um ambiente onde um total estranho comanda a estação e o volume do rádio, a direção e a intensidade do ar condicionado e a abertura dos vidros me incomoda bastante. Motorista de táxi é que nem vendedor de loja: precisa ter o dom de lidar com o público, e raramente passa por um treinamento formal na arte de agradar. Os de cooperativa são melhores, não sei se recebem orientação ou se passam por alguma prova ou processo de recrutamento, mas normalmente são mais simpáticos, educados e hábeis em nos deixar à vontade.
Tinha um rapaz que volta e meia me levava de volta para a empresa depois de uma reunião com um cliente específico. Ele era uma mala! Reclamava de tudo e de todos. Até que um dia ele confessou que não gostava de ser taxista - aí entendi por que ele era tão azedo. Só que ele veio com um papo de não ter opção por não ter estudado. Não aguentei... Perguntei a ele o que ele estava fazendo para mudar essa situação. É claro que ele não estava fazendo nada, né? Aí eu disse a ele que ele deveria decidir o que queria ser, o que preferia fazer, e começar a trabalhar no sentido de virar aquilo. Voltasse a estudar, fizesse um curso, sei lá. O que não podia era ficar só reclamando de ser algo que não queria ser! Ele se calou o restante da viagem. Tomara que tenha pensado no que eu falei e tenha encontrado o caminho para ser mais feliz.
O oposto foi um taxista de cooperativa que me levou para o trabalho um dia desses. Ele adorava sua profissão. Tinha sido professor primário por algum tempo e não tinha se adaptado. Pensou no táxi como alternativa e se encontrou. Achei um barato! Não me incomodo de andar no carro dele. #8)

domingo, 22 de agosto de 2010

Assim como são as pessoas são as criaturas - parte 2 - sorte

Outro dia estava eu no posto de gasolina novamente não ganhando abastecimento grátis no sorteio. Eu participo sempre dos sorteios, mas é raro ganhar alguma coisa.
Aí o frentista me perguntou se eu tinha ganho, na promoção anterior, alguma camisa, pois várias tinham sido sorteadas lá naquele posto. Quando eu disse que não, ele disse que ia começar a achar que eu era pé-frio. Eu disse a ele que eu era, sim, totalmente pé-frio, e que era por isso que eu não tinha time.
Ele nem piscou! Imediatamente me pediu "Então torce para o Flamengo!"
#8)

Assim como são as pessoas são as criaturas - parte 1 - Censo 2010

Esse ano fui recenseada! O rapazinho era muito simpático e muito bem treinado - tinha resposta para tudo! E, é claro, tinha muita história para contar.
De acordo com ele, não tem muito essa coisa de horário de trabalho, pois eles precisam encontrar em casa as pessoas que tem conhecimento para responder as perguntas. Num condomínio perto do meu, ele tinha trabalhado um dia das 19h às 21h e conseguido cobrir praticamente todas as casas. Só ficaram faltando três, às quais ele voltou no dia seguinte. Além de percebermos que esse ano o censo realmente quer falar com todo mundo, vemos que os meninos estão com todo o gás. Muito legal.
Outra coisas que ele me contou:
- às vezes os donos da casa não estão e ele volta mais tarde, mas, outras vezes, a própria empregada responde as perguntas, ligando para a patroa e repassando as perguntas por telefone.
- Uma das perguntas é quanto cada pessoa da casa ganha. O esquisito é que primeiro a gente escolhe dentro de uma faixa e depois tem que dizer um valor... Estranho, mas OK, a gente responde. Aí o rapaz me pediu para marcar a faixa que eu achasse mais confortável (ou algo assim) e, diante da minha cara de "ahn?" ele explicou que tem gente que não gosta de dizer quanto ganha, então eles têm que perguntar de forma que a pessoa se sinta mais à vontade para marcar o valor que quiser. Hilário...
- Essa é a melhor: numa casa, o caseiro disse que o dono da casa só retornaria depois das 19h. Aí ele voltou depois desse horário e encontrou o dono lá, mas esse não quis atender, pois disse que o trabalho do recenseador só poderia ser feito até as 18h! Marcou com ele no dia seguinte às 10h e aí foi recenseado. Imagina!
Quem lida com gente tem sempre muita história para contar. A gente, que só vive o dia-a-dia, já encontra de tudo! Imagina esse rapaz que falou com um bairro inteiro! #8)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

AMOR é uma palavra de quatro letras

Em inglês, isso é uma piadinha com o fato de vários palavrões serem palavras de quatro letras. Essa frase é, inclusive, o nome de um filme, se muito não me engano. Não vi, só conheço o nome.
Onde eu quero chegar é aqui: o que a gente chama de amor é, na verdade, um conjunto enorme de coisas que nos ligam a uma outra pessoa. Tem casais que tem o mesmo modo de viver, tem uns que são parecidos, outros que são opostos, uns que se admiram, outros que gostam mesmo é de discutir, enfim, tem de tudo. Mas será que só uma parte disso é o amor? Às vezes a gente é parecida, tem o mesmo gosto, se admira, e não consegue ficar junta. Falta um elemento que é indispensável para um ou para os dois, e a relação se desfaz. Tinha amor e faltava compreensão? Tinha amor e faltava admiração? Ou não tinha amor?
Vejo muitas amigas se prenderem a pessoas das quais elas tem queixas, das quais elas tem mágoas, nas quais elas não confiam, "mas eu amo ele", dizem! Ama, nada! Gosta de um ou mais aspectos, sejam eles físicos, químicos, emocionais ou comportamentais, mas dizer que esse gostar particionado é amor eu acho meio exagerado.
Uma vez (adolescente, perdoem o linguajar) eu comentei com um amigo que o amor mais lindo não criava a relação mais perfeita. Na época, eu chamava de amor só o sentimento mesmo, aquele frio na barriga, aquela falta de ar, aquele brilho no olhar. Acho que é isso que até hoje muita gente chama de amor - uma coisa tipo a paixão, mas mais completa.
O que eu chamo de amor hoje é a mistura de tudo. É o tal conjunto de coisas que faz a nossa relação ser harmoniosa e completa. Cada um no seu paradigma, com seu grau de tolerância e seus valores, precisa medir se o outro o faz feliz / completo / whatever. Se seu parceiro - ou ex - não deixar você assim, então não o ame. E só.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Propaganda

Eu sempre gostei de propaganda na televisão! Quando eu era pequena, decorava o texto dos comerciais, principalmente aqueles que eram simples, com uma pessoa só falando alguma coisa. Tinha um institucional da Telefunken que eu recitava direto, com direito a imitar toda a mímica que o tal do japonês fazia na TV.
Mais velha, já namorando um estudante de publicidade, acompanhava o programa Intervalo, que passava na TVE. Amarradona.
Alguns comerciais ficaram na memória de todo mundo, através da criação de um meme. O melhor de todos, na minha opinião, foi o da Brastemp, que criou a frase "Não é nenhuma Brastemp" para fazer referência a um produto que não era o melhor da sua categoria. Sensacional, pois o consumidor médio passou anos dizendo isso de tudo que não era lá assim tão bom!
Alguns, mesmo criando meme, não conseguiram fazer a gente fixar o produto. Como aquele onde aparecia, para falar com o ator do comercial, um cara igualzinho a ele, que dizia "Eu sou você amanhã" e aí mandava ele tomar vodka Orloff para ele não ter ressaca nem dor de cabeça no dia seguinte. A frase era forte o suficiente para ser lembrada, mas não fazia associação com a marca. Muitos anos depois, quando o anúncio não passava mais, lembrei e fui procurar do que era, porque a frase tinha ficado, mas o produto, não. É que eu sou curiosa, mesmo, além de detestar esquecer as coisas.
Um que me faz sofrer até hoje é aquele em que o chefe vira para um subordinado e diz "Bonita camisa, Fernandinho!"... Imaginem... Até hoje eu não consigo ter uma camisa elogiada sem ser chamada de Fernandinha... E por causa de uma marca que não sei nem qual é... Fui ao YouTube agora e descobri que era de uma tal coleção USTOP, whatever that was... Aliás, nos comentários do vídeo no YouTube, tem um Fernando que também já sofreu com esse comercial. #8)
Hoje em dia, não tenho visto muita coisa boa, não, mas também quase não assisto TV aberta. Na TV a cabo quase não passa comercial de verdade, tem muita chamada para os programas que passam nos outros horários, nos outros dias e nos outros canais do grupo. É insuportável!
No rádio, os anúncios que me faziam rir eram os do Prezunic, mas eles tocavam na Antena 1, que agora só está na Internet. O último que eu adorei no rádio foi um das oficinas da Porto Seguro (acho), aquele em que o marido diz para a esposa que cuidou do barulhinho do carro, sim, e aí liga o rádio bem alto para ela não ouvir o barulho. Sensacional. Já saiu do ar, uma pena, pois ultimamente não tenho ouvido nada de bom.
Agora vou dar uma navegada ali pelo YouTube pois percebi que está cheio de propaganda antiga!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

As notícias de minha morte foram muito exageradas

Ou: a Internet poderia ser mais responsável ao informar.
Estava eu assustada com duas notícias das quais eu não sabia quase nenhum detalhe. Ouvi alguma coisa no rádio, alguma coisa nas ruas, e, quando fui procurar na Internet, encontrei pouco mais do que opiniões revoltadas. Aí conversei com uma colega que lê jornal. (Lembram disso? É aquela publicação de folhas grandes e fininhas, difícil de segurar, com tinta que solta e suja os dedos.) Pois bem, a tal colega me disse que leu o seguinte: a Rio Branco só vai fechar num trecho pequeno, depois da Biblioteca, se ela não se engana. Ela não lembra direito, mas sabe que não vão fechar a avenida inteira, nem mesmo a metade. É ruim? Claro, qualquer trecho fechado da Rio Branco vai causar grande confusão se não se planejar direitinho como contornar ele, e como ficam os comerciantes que estão por ali, mas não vejo necessidade de todos ficarem desesperados.
Outra coisa foi a obra no elevado da Perimetral. De acordo com essa mesma colega, bem informadíssima, não vão derrubar o viaduto todo, só aquela subidinha que tem ali perto do CCBB, que ajuda a gente a chegar da Primeiro de Março ao Aterro do Flamengo. Ruim também, mas nem de longe tão apavorante quanto o que estavam falando, que era a destruição do viaduto todo.
A Lucia Hippolito, da rádio CBN, sempre diz que a falta de informação é a mãe do pânico. Talvez não com essas palavras, mas ela está corretíssima quando cobra das autoridades a divulgação das definições que vão afetar o povo. Precisamos cobrar isso da imprensa digital também, não é? Com grande poder, vem grande responsabilidade - conforme bem sabe o Peter Parker... O poder da Internet é enorme, por ser um universo absolutamente livre, onde todos podem expressar sua opinião sem medo de censura. Mas vamos tentar usar a liberdade com sabedoria, por favor. Vamos dar opinião, mas vamos informar também. Nada contra o jornal impresso, não me entendam mal. Mas ele não deveria, nessa altura do Século XXI, ser o único meio de comunicação que realmente informa.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Chega de Lei Seca!

Minha questão é a seguinte: existia um limite para concentração de álcool no sangue que deixava a gente beber uma taça de vinho, ou uns dois chopps, só que ninguém fiscalizava. Aí, algum sem graça - que imagino que seja abstêmio, só pode - resolveu não só que ia passar a fiscalizar mas que também ia baixar o limite para zero. Ou quase zero, sei lá, não me importa, só sei que nem uma tacinha de vinho se pode tomar agora. Resultado: os otários como eu que têm mania de seguir a lei perderam a liberdade de tomar um copinho de qualquer coisa no restaurante ou no bar. Os fora-da-lei continuam bebendo - tanto que a Lei Seca conseguiu pegar não-sei-quantos-MIL motoristas alcoolizados no ano passado. (Ouvi um número no rádio, mas não gravei. Tentei achar na Internet, mas não encontrei, por isso fica o "não-sei-quantos", mas era mais de mil.)
Uma amiga, defendendo que Lei Seca funcionava, me disse que uma amiga dela parou de beber quando saía de carro com o grupo. Aí eu perguntei: "Ela era imprudente no trânsito quando bebia? Causou algum dia algum acidente por estar alcoolizada?" e ela me respondeu, "Não, nunca bateu com o carro e sempre ia e voltava dirigindo." Ou seja, quem parou de beber foi quem já seguia a lei, já se preocupava em beber pouco, tomava aquele café básico antes de ir embora, dirigia com cuidado, e coisas assim.
Quem está feliz? Os taxistas! Os táxis aumentaram seu faturamento em 30%, olha que beleza! E eu pago uma garrafa de vinho a mais para ir e voltar de casa para o restaurante mais próximo onde tem bons vinhos. Não é o máximo? Posso beber em casa, também, olha que programa legal! Mas só posso beber na minha casa, porque entre a minha e as dos meus amigos tem blitz.
Aí eu me comporto direitinho, gasto um dinheirinho a mais com táxi, porque, afinal, o prazer de apreciar um bom vinho não tem preço, e aí, quando estou voltando para casa, o que acontece? Pego um delicioso engarrafamento por causa de uma blitz!
O máximo, não é? Mas, chega.

sábado, 29 de maio de 2010

Deu problema no software velho? Instala o novo!

Micro novo, instalações novas. Para mim, tranquilo, tenho uma pasta com os instaladores de tudo que baixei para instalar ao longo da vida. Só que agora mudei de SO... O Windows Vista não gostou de tudo que eu tinha. #8P
O Cobian Backup 9 começou a dar Socket Error 10053 ao tentar verificar atualizações. Lá fui eu ao Google (o oráculo) buscar soluções para esse erro, que associei a alguma característica nova do Windows Vista. A maioria das pessoas reportou esse erro associado a clientes de e-mail - nada a ver comigo - e várias estavam com vírus - opção que rejeitei por não acreditar que meu lindo micro novinho já estaria infectado!
Bem, quando os fóruns não ajudam, recorremos aos grandes meios: baixar um novo instalador, dessa vez procurando pela versão compatível com o nosso SO. Pronto, agora estou com o Cobian 10 e ele já conseguiu verificar que não há atualizações. #8)
Idem para o BrOffice. Eu estava com a versão 2.4, que dizia algo do tipo "não foi possível verificar atualizações", aí instalei a 3.2 e já recebi a mensagem "O BrOffice.org 3.2 está atualizado."
YAY!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

O que é mais caro é melhor?

Apesar de gostarmos de pagar pouco, quando vemos um preço muito mais baixo do que a média em um produto ou serviço, estranhamos e desconfiamos. Isso se aplica tanto ao sabonete líquido na farmácia quanto ao orçamento de instalação de divisórias no escritório.
O contrário - valorizar o preço alto - também acontece. Se aquele creme é mais caro que os outros, certamente será mais suave na pele, não é mesmo?
A Drogaria Onofre, com seu slogan "Nascemos para vender barato", me fez pensar no assunto preço x qualidade. Afinal, o mesmo produto em duas lojas diferentes deveria ter preços iguais, porque o custo tende a ser o mesmo. Não entendo de comércio, mas imagino que a fábrica dê desconto por volume e que a distribuição dependa da distância, então duas lojas de porte similar localizadas no mesmo bairro vão pagar igual pelo mesmo produto. O que leva os preços a serem diferentes é a margem que cada loja coloca em cima do custo dos produtos.
Pensando também nos orçamentos que a gente faz lá na empresa, baseados nos nossos custos e na rentabilidade esperada, foi que entendi porque o mais barato pode ser igual ou até melhor do que o mais caro. Quem entende de Custos já sabe, esse ensaio aqui é para os leigos mesmo, OK? Em cima do custo direto (ex.: custo do produto na fábrica ou do salário de quem realizou determinado serviço) tem os custos indiretos (não só os famosos luz, aluguel e telefone, como também o custo das pessoas não envolvidas naquela venda, desde o presidente até o faxineiro).
Ou seja, terá o produto mais barato aquela empresa que gastar menos com toda a estrutura que apoia a sua função de negócio. Agora é que vem a minha conclusão: esse "gastar menos" tanto pode ser ruim quanto pode ser bom. Pode ser comprar matéria prima de má qualidade - e aí é ruim - e pode ser ter seus processos de trabalho bem "azeitados", sem desperdício, sem retrabalho, com eficiência e eficácia. Empresa boa pode cobrar barato oferecendo bons produtos e serviços se trabalhar bem! Não vou mais desconfiar de preço baixo.

sábado, 8 de maio de 2010

Nanda nas redes sociais

Quando surgiu o Orkut (ou, ao menos, quando ele se popularizou por aqui), eu achava essa coisa de "fuxicar" a vida dos outros muito estranha... Na verdade, o que eu achei mais esquisito foi um amigo meu virar para o outro e perguntar "Está gostando do livro tal?" porque viu o tal livro na lista de livros que o outro disse no Orkut que estava lendo. Como eu não conhecia as configurações de privacidade - e acho que no início não tinha mesmo muito disso - eu achava que a gente se expunha demais, sabe? E as pessoas só entravam quando convidadas, lembra? Aí mesmo é que eu achava que era um clube fechado onde todo mundo tomava conta da vida um do outro.
Hoje, as redes sociais e outros programas de interação não se parecem com clubes - não sei como está o Orkut, continuo sem ter perfil nele. O facebook, por exemplo, é um lugar onde a gente troca informações, links, imagens e mensagens. Eu estou achando super interessante. A comunicação é ampla, você coloca lá um negócio que acha legal e todos os seus amigos ficam sabendo, sem você ter que enviar e-mail. Assim como você fica sabendo o que todos os seus amigos estão achando legal em uma passada de olhos. Prático! Gosto do twitter também, ele tem a vantagem de ser universal: qualquer um que pesquisar uma palavra lá pode encontrar o seu tweet. Não coloco nada muito pessoal, exatamente por isso, mas faço alguns protestos. #8)
Só tem uma coisa que eu estou vendo que virou tendência e que estou achando meio sem graça... A pessoa coloca a mesma frase no twitter e no facebook... Aí você vai num e depois no outro e lê tudo repetido. Duh. Não temos que fazer nosso perfil ser interessante para os outros, e colocar conteúdos diferenciados em cada lugar?
Minha funcionalidade preferida no facebook: "curtir". É o máximo poder dizer para o outro que você gostou do que ele disse sem ter que usar um comentário para isso. Bem, ao menos é o máximo para quem chega depois e só precisa ler uma frase (5 pessoas curtiram isso) em vez de se deparar com cinco comentários do tipo "bacana", "hahaha é isso mesmo", e outros igualmente sem imaginação. Às vezes, eu faço um comentário assim, quando acho o assunto sensacional, mas percebi que as pessoas, como eu, estão curtindo mais do que comentando, e isso é muito bom! Eficaz!
O Blog da Nanda nasceu de uma necessidade de trabalho e eu acabei curtindo escrever. Eu sempre achei engraçado reler meus textos depois de um tempo, me rever nas palavras. Releio e-mails antigos e me divirto. Sem contar que agora me sinto na obrigação de produzir material interessante para os meus seguidores, né? Afinal, "tu és eternamente responsável por aquilo que cativas", certo? #8P

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Quem se lembra do Twisted Sister?

Quando eu era garota, não existia MTV. A gente assistia videoclip em alguns poucos programas espalhados pelas emissoras de TV aberta - mesmo porque ainda não tinha TV a cabo também. Tinha um programa muito doido chamado BB Videoclip que era apresentado pelo Eládio Sandoval e gravado no que parecia ser o interior de uma Kombi, sensacional! O "teto" do "estúdio" tinha um buraco, que o Sandoval chamava de Buraco do Mamão. Entre um clip e outro, ele tirava mamão do buraco ou fazia alguma outra gracinha sem sentido para a gente rir. Tinha um outro cara, que eu acho que não tinha nome, só designação, que era gordão e só aparecia de vez em quando para fazer piadas com menos sentido ainda, como ensinar a usar pepinos para lutar - prática denominada El Chaco del Pepino. Divertidíssimo! E os clips eram exibidos sem cortes, interrupções, adulterações ou qualquer outra coisa que atrapalhasse o prazer de assistir música com visual. Muito bom. Eu ficava ligadíssima na programação dos canais para saber os horários dos programas de videoclip, e gravava em VHS os meus clips preferidos!
Tudo tão diferente! Bem, também isso tem mais de vinte anos, né? O que me fez lembrar disso foi o Vh1, um canal da NET que tem o lema "Isso é cultura POP". Nele, tem alguns programas de videoclip também, e, de vez em quando, eu esbarro em um. Outro dia, surfando na NET, cheguei ao Vh1 quando ia começar um clip, aí parei para ver qual seria. Era "I wanna rock" do Twisted Sister. Muito legal! Bem no estilo que eu mais gostava: o clip conta uma historinha e tem piadas exageradas tipo desenho animado. O vocalista usava muuuuita maquiagem e aí eu fiquei olhando com atenção e vi que ele fazia isso porque ele era muito feio, mas muito feio mesmo! Quando eu era garota, só percebi que ele usava muita maquiagem, mas achei que fosse estilo. Provavelmente a maquiagem era estilo, porque o TS tocava heavymetal-farofa, mas acho que o exagero era mesmo para esconder a feiúra do rapaz. Foi divertido rever o Twisted Sister e lembrar do BB videoclip!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Vilões dos contos de fadas

Já repararam que os vilões dos contos de fadas não têm motivo para serem maus? Peguem a madrasta da Cinderella, por exemplo: era uma viúva com duas filhas pré-adolescentes quando o pai da Cinderella, um viúvo abastado, se casa com ela (versão Walt Disney). Ela tinha tudo para ficar super feliz, afinal o que podia fazer uma viúva naquela época senão casar novamente, não é mesmo? Ganhou uma enteada educadinha, um doce de criança, a quem ela poderia ter se afeiçoado. Em vez disso, o que fez? Ficou despeitada, porque as filhas dela eram dois espantos. Assim que o marido morreu, começou a destratar a Cinderella sem motivo, e fez questão de humilhar a menina, delegando a ela a responsabilidade de cuidar da casa. A inveja é um problema.
Na vida, tem gente que é assim também. Conheci recentemente uma dessas pessoas, um ser infeliz que fez questão de me deixar na mão e que depois ainda me procurou para me espezinhar. Quase tenho pena dele. Quase.
Assim como nos contos de fadas, no final tudo dá certo. E está dando tudo certo para mim, a cada final de etapa. Graças aos meus queridos amigos, que me cercam de boas energias. #8)

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O que é falta de educação?

Falta de educação é tudo aquilo que incomoda o outro. É diferente entre culturas, entre famílias e até entre indivíduos. Eu, por exemplo, acho extrema falta de educação buzinar para chamar alguém. Um dia, veio um pessoal aqui em casa para fazer algum serviço para mim. Eu não vi que eles estacionaram o carro em um lugar que prejudicava a saída de um vizinho meu - é claro que não vi, senão, teria orientado eles, porque acho isso outra tremenda falta de educação. Quando o tal vizinho, outro primor de polidez, quis sair de casa, encontrou o tal do carro lá e - pasmem - começou a buzinar furiosamente! Gente, como que ele não saltou do carro e tocou o interfone? "Por favor, é aí que tem um pessoal mal educado que travou a minha saída?" ele poderia ter perguntado. Eu ia morrer de vergonha e responder que sim, e que ele me desculpasse. Mas, conforme foi, ignorei. Tem muita gente mal educada que tem mania de buzinar, porque essa buzina insistente seria para mim?! Até que o tal pessoal que estava na minha casa virou-se para mim e perguntou: Será que estão buzinando porque o nosso carro está impedindo a saída do seu vizinho? De olhos arregalados, falei para eles descerem imediatamente para liberar a passagem e por favor arrumarem outro lugar para estacionar depois! É mole?
Outra coisa irritante é ouvir alguém falando alto no celular. Gente, tem toda uma tecnologia que garante que o que você fala aqui vai chegar do outro lado direitinho, não precisa berrar! E, se a tecnologia falhar, não adianta falar mais alto, é para desligar e tentar de novo. Mas a pessoa do outro lado não precisa dizer que não está ouvindo para que o povo do lado de cá grite, não... Tem gente que tem mesmo mania de falar alto. Para mim, falta de educação. #8)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Trabalhando de casa de novo

Chove. Até aí, nada, sempre choveu, né? Mas chove desde de segunda-feira à tarde sem parar. O Rio de Janeiro (não só a cidade) está um caos. Ruas interditadas, barreiras caídas, alagamentos e até arrastões.
Desde ontem que só sai de casa, por orientação da prefeitura, quem não tem opção. Imagino que isso seja direcionado aos profissionais de saúde, né? Eles são imprescindíveis.
Eu fui proibida de sair ontem porque tenho computador, Internet e, principalmente, energia elétrica! Mas não estou achando a menor graça. Quem me conhece, sabe que gosto de trabalhar no escritório, lá tem todas as minhas coisas...
Cá estou eu novamente presa em casa. Torcendo para parar de chover. #8P

terça-feira, 6 de abril de 2010

A little help from my friends

É muito legal quando os amigos nos apoiam (agora é sem acento, né?) , nos seguem e nos enviam mensagens nos vários ambientes da Internet! Obrigada, Malena, por seguir meu Blog! I hope to live up to your expectations. #8)

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Primeiro post do Blog da Nanda

A Internet 2.0 me chama. Preciso conhecer essas ferramentas para fazer melhor o meu trabalho. Cá estou eu, então, no Blog e no facebook. No twitter eu já estava, coloco lá os meus protestos! Ainda não sei bem o que vou colocar aqui. #8)